30 de outubro de 2012

Início de novembro, Dia de Finados, Dia de todos os Santos.



Pelo que minha memória lembra, o Dia de Finados era de reflexão, de orações, de visitas aos cemitérios, de música “não barulho”, nas rádios. Eram dois dias santos juntos. Depois tiraram o primeiro dos calendários, mas foi só, porque as pessoas continuam indo levar flores e fazer orações aos seus entes já idos.O que importa é o quê o coração guarda, calendário nada significa! Não sou de ir a cemitérios, sei que lá nada mais existe, “eles” já moram em outra dimensão. O quê me agrada fazer é pensá-los em lugares maravilhosos, com flores multicoloridas, perfumadas, onde os últimos que lá chegaram abraçam aos que se foram antes, numa alegria imensa, num reencontro inesquecível, de legítima felicidade! Todos nos veremos lá, mais cedo ou mais tarde, é a lei da vida. Assim, nesta minha visão, ao perdermos um ente querido, não cabe desespero, não cabe revolta, porque são os desígnios de Deus. A saudade fica sempre, mas, deixemos as lágrimas de lado, meus amigos.”Lá”,onde estão, penso que o ar seja rarefeito, eles flutuam e nossas lágrimas ensopariam suas vestes leves, dificultando-lhes o movimentos. Dá para você entender isso e, talvez, concordar comigo?
Deus nos quer felizes sempre! No ano passado, por essa época, fiz uma viagem ao céu, um tanto jocosa, a falar com Todos os Santos. (No Inferno nunca fui, mas o Duda foi, no artigo pré-eleitoral O Céu e o Inferno.Longe de mim, de nós, o Inferno, é ou não é?! Vamos relembrar alguns pedaços e será nossa homenagem ao dia 02.
Já lá em cima, o Bud, um azucrinador, estranhou que à porta do céu brasileiro, não havia campainha, mas um sino: dengo-dengo-dingo-dão...e tive que explicar ao Bud “inhorante”, que nenhuma Igreja havia trocado o sino lá da torre, por campainha, a chamar os fiéis. A cada vez que um sino toca, um anjo lá no céu ganha asas. Tenho tanta certeza disso que, na minha cabana, nunca houve campainha, um sino dourado, sim, mas...os passarinhos fazem tanto cocô nele!
Há burocracia também no Céu: -É alfabetizada, mesmo vindo do Brasil, estranhou ele; -“E, tendo 1,80m, só pesa 68kg, é fome como muitos de lá?” “Não, sr. aprendiz de porteiro, sou dos Vigilantes do peso e...aliás, já me cansei de falar com um soldado, leve-me ao seu líder e que seja um general!!” “Mas...” -Nem mais, nem menos. Leve-me ao seu chefe, ordenei.
 A fala grossa até no céu dá certo, porque, logo depois fui introduzido numa espaçosa sala, cujas paredes eram forradas com "pôsteres" de todos os Santos Padres Papas, as diversas versões de São Pedro. E... lá estava ele, imponente, grandioso, iluminado e... com a minha ficha à mão. Amei o Céu e fomos visitar Todos os Santos. Gente boa, uma expressão singela em cada face de... verdadeiro santo!... Olha ali o Santo Antônio, o casamenteiro!! E aproximo-me para conversar...
- Acorda! Já chegamos em santos... acorda dorminhoca!
-Santos? Quais?.. .ah... o ônibus chegou, quer dizer... já chegamos. Tive um sonho lindo... !!!
-Não me pareceu isso! Primeiro você fez o sinal da cruz, e depois - com você tudo é possível - temi que se atracasse com alguma pessoa, tamanha era a sua fúria, com o dedo no nariz de alguém, você gritava:
-VOCÊ infernal alcoviteiro! Enganador!... vendedor de ilusões! Quando morrer vai direto para o Inferno, por falsidade ideológica!!!! Casamenteiro das Arábias!...
daidypeterlevitz@hotmail.com

19 de outubro de 2012

Capa protetora ou Mãe Morcega do Boqueirão



Conheci no litoral a Margarida. Ela autorizou-me a escrever esta crônica.
 Margarida levanta-se antes de o sol nascer; por volta das cinco.
 - Mas por quê? - Pergunta o dorminhoco Bud, a quem uma soneca a mais ainda está sempre a menos.
- Bud, se você dormisse com o marido dela, aposto que se levantaria antes ainda!
- E o que ela faz a essa hora? Na praia só dá macumbeiro acendendo velas!...
- Pois era exatamente esse o problema da Margarida, até que o marido foi à Itália. 
- Eta maridos prá irem à Itália ! O que há por lá, além do Papa?!
 - Mama mia Bud ! Como é, pipocas, que eu vou saber? Bem... quando voltou de lá. trouxe, imagine o quê para a Margarida!?
- Uma faca italiana !! 
- NÃÃÃÃÃO! Isso foi o MEU marido que trouxe para MIM. O dela trouxe uma capa.        
- Capa? Para automóvel?
- Capa. Dessas que protegem a pessoa quando chove. Impermeável. Azul. Fina, acabamento perfeito.
 Margarida contou-me que era uma capa diferente. Conforme ia descrevendo a dita cuja na minha mente formava-se uma imagem perfeita. A capa era tal qual uma... cobertura circo. É isso.
Cobertura. De circo, ampla, rodada, bem, godê, muito, mas muito mais rodada que as saias godê guarda-chuva.
- Godê, circo mesmo. Deve ser interessante.
- É. Imagine uma lona de circo, com uma abertura lá em cima, onde a Margarida mete a cabeça. Por luxo, atrás ainda acompanha um capuz, bem franzido. No capuz há um refinado cordão que é para fechar no rosto e não desguarnecê-lo, quando venta. O tal capuz protege tanto que, fechado, só o nariz fica de fora. 
-Tudo bem, tudo bem, - disse o Bud - mas não vi ainda a relação entre a capa e a Margarida que levanta às cinco; que não pode ir à praia porque na praia há supersticiosos e macumbeiros; que os supersticiosos e
macumbeiros acendem velas...! 
- Calma! conforme insinuei, o marido da pobre Margarida, além de feio, pele manhã é mal-humorado. À noite não! É bonito e cordial. Mas... valha-me Deus... pela manhã...! Pois bem. Nesse dia em questão, ao que tudo indicava, teria um raiar ameaçador, sujeito a chuvas e trovoadas, porque o marido dela, ainda dormindo, já estave brigando, reclamando e esperneando.
Às quatro e meia Margarida pulou da cama e pensou! “... perigo por perigo, aqui dentro ou lá fora...”
Colocou a capa-circo e saiu, em passos rápidos e largos, a capa amplamente esvoaçante!
Chuviscava.
Fechou o capuz e, nariz em riste, avançou com tudo pela praia, entre os supersticiosos e macumbeiros, já sem medo de ser... desfolhada! E não é que -  surpresa! - tudo aquilo foi se abrindo?
Do jeito que ela descreveu, era exatamente como numa estrada reta, à noite, com os "olhos de gato" enfileirados nos dois lados do acostamento. Conforme o carro avança, veloz, aquelas luzes se abrem, afastam-se dando passagem...!
Foi isso que aconteceu. As velas dos macumbeiros iam dando passagem, dando passagem, conforme a Margarida, esvoaçante e rápida, andava .
- Você tem certeza que o marido é que é feio?
- Bem, agora que você pergunta... a cara dela não é bem uma flor que se cheire... fico em dúvida.
- Sua autoridade está firmada entre os supersticiosos e macumbeiros e... os respeitos, estabelecidos.
Toda madrugada você pode ver as velas que se afastam, depois de alguém sussurrar para a escuridão!
- Cuidado, gente! É a mãe Morcega do Boqueirão!!! ...
daidypeterlevitz@hotmail.com

3 de outubro de 2012

Amigos, vamos “votar limpo” ?!


  Eu os convido a um passeio pela História através de frases célebres, de personagens célebres.
@ A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. - Charles Chaplin
Para “sua peça” terminar em aplausos...”vote limpo”!

@ Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito. - Machado de Assis
Escreva certo, na lousa do seu Município! “Vote limpo!”

@ Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.  Platão.
Neste domingo, que a luz o ilumine! “Vote limpo!”

@ A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente. - Soren Kierkergaard
Ajude a construir o futuro do seu município. “Vote limpo!”

@ O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher. - Cora Coralina
As grandes caminhadas começam pelo primeiro passo. Dê o passo certo e colherá! “Vote limpo!”

@ Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa. – Platão
Não vá na conversa fiada! “Vote limpo!”

@ O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos outros.
- Confúcio
Você, que é superior, elimine sua culpa! “Vote limpo!”

@ Sócrates é meu amigo, mas sou mais amigo da verdade. – Aristóteles
“Amicus Platos, sed magis amica veritas”. A verdade está no “vote limpo!”

@ Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo. – Confúcio
Evite a amarga experiência. “Vote limpo!”

@ Devemos ter amigos que nos ensinam o bem; e perversos e cruéis inimigos, que nos impeçam de praticar o mal. - Diógenes
Aprenda com seus inimigos. “Vote limpo!”

@ Entre os animais ferozes, o de mais perigosa mordedura é o delator; entre os animais domésticos, o adulador. - Diógenes
Aprenda com os animais. Desista do adulador. “Vote limpo!”

@ Os grandes são como o fogo, do qual convém não nos aproximarmos muito nem afastarmo-nos demasiado. – Diógenes
Amigos, foi Diógenes, o grego, que falou isso. Ele vivia num tonel e tinha uma lanterna, a procurar “um homem”. Homem de verdade. Não se queime, “vote limpo!”
 
Ainda não vi ninguém que ame a virtude tanto quanto ama a beleza do corpo. - Confúcio

Aja antes de falar e, portanto, fale de acordo com os seus atos. - Confúcio

Não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim a negligência do lavrador. - Confúcio

Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo. - Confúcio

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Quem sou eu

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.