5 de outubro de 2011

operação

“Eu estive lá “no outro lado da vida” e voltei!!

Daidy Peterlevitz

Experiência quase morte. Leitor, sobre esse assunto, às vezes você sabe pela televisão. Hoje você vai ter a oportunidade única de conhecer uma vivência verídica, contada pelo moço que “lá esteve” e que, por bondade, concedeu-me uma entrevista, sob insistência minha.

Trata-se do moço Edson Izidro Escovar, cujo pai é falecido. Edson tem 41 anos e, há dez, estava morbidamente obeso, com 158kg. Ficou diabético, sofrendo todos os males que isso acarreta. A hipertensão chegou. Os movimentos lhe eram difíceis, andar quase impossível! Com nutricionistas não resolveu, os regimes emagreciam muito pouco, quase nada! O médico lhe disse: você vai morrer e logo. Faça redução de estômago.Edson fez os exames e teve que emagrecer para a cirurgia. Fez a cirurgia e, três dias depois, em alta, foi para casa. Passados apenas dois dias, sentiu-se muito mal. A irmã, Eliana, imediatamente chamou uma ambulância que levou Edson à Santa Casa.O médico ouviu um barulho de líquido...um ponto se havia rompido, precisava abrir...nova cirurgia! Foi feita e, na UTI, consciente, entubado, respirava no balão. Uma senhora, não o sabendo acordado, disse: coitadinho! Se tirar o tubo, está morto! Dentro desse quadro, Edson teve peritonite, infecção generalizada, pneumonia, derrame pleural... os parentes foram avisados que nada mais havia a fazer... Foi quando o amigo Edson se viu num lugar grande, num jardim lindo...flores coloridas, pássaros , belas árvores...uma suave tranqüilidade reinava sob glorioso céu azul! “Eu queria ficar ali, nessa invejável paz...onde os contornos não eram bem definidos, onde uma tênue neblina fininha amenizava as figuras; e foi quando eu soube que o vulto ali era o meu pai! Eu não ouvia a voz dele, nem o rosto definido, mas, não sei como, entendi que se comunicava comigo...”ainda não é a sua hora, deve voltar, mas...fez a coisa certa” e percebi que ele se referia à operação, ao meu desejo de emagrecer, quando vi o desenho de duas calças. Uma enorme, a outra menor.”

Da sonda saia um líquido estranho quando o Edson acordou na UTI. Nela permaneceu por 32 dias e mais cinco meses internado. A alimentação era por sonda parental, ele não sentia o gosto de nada! Emocionado, o Edson me disse que chorou de alegria, quando pôde comer ovo, carne moída e um pouco de arroz! E como esse moço ama tomar banho, porque, na UTI, era como de canequinha, que ele ficava aguardando porque refrescava!

Hoje o nosso Edson tem 108kg, mas é lépido, veloz, ama o trabalho e seus olhos têm a luz da felicidade! Dirige, com a gentil esposa Quitéria, o progressista sacolão Cheiro Verde, à rua Miguel Petroni.Todas as pessoas que ali chegam são tratadas como especiais...quando são eles os especiais!

- Caro Edson, você, que já esteve “no outro lado” ...tem medo da morte?!

- NÃO! Nenhum! Ninguém deve temer a morte, esta vida é só um passo para a melhor!

- Deus o abençoe! Meu abraço.

daidypeterlevitz@hotmail.com http://dnossoblog.blogspot.com

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.