6 de setembro de 2011

Não há 7 de Setembro sem a Maçonaria.

Não há 7 de Setembro sem a Maçonaria!

Daidy Peterlevitz

A História nossa, como a contam na maioria das escolas, não é a de verdade. Resgatar o tanto que as gerações perderam, no conhecê-la, seria impossível, mas nos resta a esperança que a internet venha em socorro, na elucidação das atuais e futuras gerações. Fica muito claro que a palavra “independência” desagrada aos do poder. Vejam que hoje a liberdade da mídia está ameaçada, embora digam que não. O assunto do título tem séculos de informações não contadas.Um amontoado muito grande, mas, farei a minha parte, aliás, uma partícula bastante incompleta.

A Maçonaria, antes uma sociedade secreta, assim que instituída logo penetrou em todos os países europeus. Pela nossa relação com Portugal, lá foi introduzida pelo escocês Gordon. Lojas foram fundadas no Brasil. E se espalharam. Em 1815, no Rio, a Loja Comércio e Artes, Joaquim Gonçalves Ledo como um dos fundadores. O objetivo era formas a primeira Liga que seria ocentro de propaganda das idéias liberais da época. Partidos políticos eram proibidos (deveria ser agora, eles não têm filosofia alguma!). Quando da Revolução Pernambucana, em 1817, d. João VI expediu alvará proibindo a existência de sociedades secretas. Não adiantou nada, os assuntos passaram a circular sob a capa de atividades recreativas e artísticas. Surgiram inúmeros “clubes”.A Maçonaria continuava, assim, até em locais improvisados, fora da lei e até em casa de alguns maçons. Era a época de quando a família real retornava à Pátria, de onde havia fugido, porque Napoleão Bonaparte invadia Portugal. Não foi fácil pertencer à Maçonaria, no período pré-independência! Em inícios de 1822, a Loja maçônica Comércio e Artes possuía 94 membros e, com mais duas Lojas, foi instituída a Obediência Maçônica Brasileira. Mais Lojas surgiram e foram eleitos, por aclamação: José Bonifácio de Andrade e Silva, Grão Mestre, Marechal Joaquim Alvarez, Grão Mestre Adjunto, como Primeiro Grande Vigilante, Joaquim G.Ledo e o padre Januário Barbosa, como Grande Orador. Fundado o Grande Oriente Brasileiro, estava o Brasil pronto para a arrancada final que o levaria á Independência, que foi construída por muitos (nem todos maçons), mas, sem dúvida, a ordem maçônica contribuiu de forma decisiva e qualitativa, para o evento. Muitos nomes deveria ser lembrados, mas, dois não podem ser esquecidos, eis que foram os arquitetos do 7 de Setembro: Joaquim Gonçalves ledo e José Bonifácio.

Já em 1822: a 8 de janeiro, D. Pedro I manifestou adesão à causa, quando afirmou: “Estou pronto, digam ao povo que FICO!”. A 2 de junho, D.Pedro ouviu de Clemente Pereira, redigido por Gonçalves ledo, discurso sobre a necessidade de Constituinte. O Brasil teria suas Cortes. Mais um passo para a Independência. A 2 de agosto, o Príncipe Regente é iniciado na Maçonaria, com o nome de Guatimogim (último imperador asteca).

A 5 de setembro desce à Santos, de onde retornou na madrugada do dia 7. Encontrava-se na colina do Ipiranga, quando, após ler cartas de José Bonifácio, proferiu as histórias frases: “As Cortes me perseguem, chamam-me, com desprezo, de rapazinho e de brasileiro. Verão agora, quanto vale o rapazinho. De hoje em diante, estão quebradas as nossas relações, nada mais quero do governo português e proclamo o Brasil para sempre, separado de Portugal.!” Foi o “Independência ou Morte!”

Bem, agora vou me preparar para o desfile e marchar ao som da fanfarra. Meu coração brasileiro é fan...dessa farra! daidypeterlevitz@hotmail.com http://dnossoblog.blogaspot.com

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.