13 de junho de 2012

Somos todos brasileiros ou não?


Esta carta aberta é endereçada à Dilma, mas, erraram o endereço e veio à cabana. É pra se pensar...
Como minoria segregada no Brasil, nós, descendentes de alemães,  solicitamos providências do governo federal para sermos igualados aos negros, perdão, afrodescendentes, no que tange aos direitos dos cidadãos. Para tanto, pacificamente reivindicamos seja aprovada Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que contemple os seguintes pontos:
 Fica estabelecida a cota de 5% para alemães e seus descendentes nas universidades públicas brasileiras;
 Fica proibido chamar descendentes de alemães, ucranianos, holandeses e outros europeus de polaco;
 Fica proibido chamar um indivíduo de "alemão", pois o termo é pejorativo e denigre a imagem deste como ser humano.
 Fica estabelecido que os descendentes de alemães devem sem chamados de "germanodescendentes"; chama-los de alemão passa a ser considerado crime de racismo – inafiançável  - a despeito do fato de a raça humana ser uma só;
 Fica proibido o uso de expressões de cunho pejorativo associadas aos descendentes de alemães. Ex: "Coisa de alemão!", "Alemão porco....", "Só podia ser alemão", " alemão batata" , " comedor de chucrute", “português que sabe matemática”, etc;
 Fica estabelecido o dia 25 de julho o "dia nacional da consciência germânica" com feriado nacional;  Fica estabelecido o dia 25 de novembro o "dia nacional do orgulho alemão”, com feriado nacional , mesmo que não se possa chamar alemão de alemão;
 Fica criada a Subsecretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Alemã, subordinada à Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial;
 Fica estabelecido o prazo de 2 anos para a Subsecretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Alemã virar Ministério dos Alemães, juntando-se aos outros 38 ministérios brasileiros, mesmo que não possa chamar alemão de alemão.
 Fica proibida qualquer atitude de segregação aos descendentes de alemães, as quais os caracterizem com inferiores a outros seres humanos;
 Fica restrita ao governo brasileiro a pressuposição de que os alemães são inferiores - Passa a ser crime de "germanofobia" qualquer agressão deliberada contra um descendente de alemães, mesmo que não possa chamar alemão de alemão.
 Em caso de um negão chamar um alemão de alemão, este adquire o direito de chamar o negão de negão sem aplicação das sanções já previstas em lei.
PS: Caso italianos, portugueses, espanhois, sirio-libaneses, japoneses, bolivianos, paraguaios, poloneses e tantos outros também se unificarem em projetos similares, haverá dificuldades para aqueles que fazem questão de ser apenas brasileiros conseguir vagas em universidades e direitos especiais.
Se a moda pegar...
Adendo: E, já que o texto trata das várias etnias, peço aos leitores que atentem a esse nome: Mariane Otsuka Peterlevitz Frigerio (japonês, letoniano, italiano). Essa mocinha é linda, inteligente, carinhosa e muito estudiosa.Tenho honra e orgulho em ser Vovó dela! Participou da “Olimpíada Canguru”, internacional, de Matemática, em que participaram 47 países e, não é que ela ganhou uma, das três medalhas de prata?!!  Refleti, voltando bem lá atrás, no tempo. Minha vó italiana materna, Mathiede, era analfabeta e criou 11 filhos, 5 homens 6 mulheres, todas pessoas de bem. Homens provedores, mulheres do lar. Depois, minha mãe, Julietta Gazzetta Peterlevitz Balkans, conseguiu fazer o curso primário, naquele tempo muito bom. E vim eu que, já não jovem, consegui ter nível universitário.Meus dois filhos cursaram as duas melhores universidade, USP e UNICAMP. E, bem jovens, Mariane se destaca e a outra neta, Larissa, também!  Não há limites, para ambas!!  Então, só posso concluir que, em nossa família, em questão de cultura e de estudos, há uma escada, que só sobe!!
Obrigada, Sr. Deus, por mais essa bênção!!
Daidy.

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Quem sou eu

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.