18 de setembro de 2012

Céu e o Inferno



Em época de eleição, sempre há uma porção de dúvidas e montanha de desconfiança! Votar no mais forte, no mais rico no bem falante? Costumo falar com populares sobre esse assunto e, sempre vem aquela resposta: “em político, não acredito, só prometem... melhor é acreditar PCC, organizado muito!”
E aí entra um nosso personagem, Eduardo Tricóneo Mefístole Epaminondas Qincas do Vale Brandão. O nome é complicado e, para nós, será apenas o Duda. Nada a ver com o Duda Mendonça que gostava de rinha, a briga de galos. Nosso Duda é honesto e sabe que, em Política, há o certo e o errado, , tipo Céu e Inferno. Resolveu visitar os dois, começando pelo Inferno. Encontrou a porta aberta. O Inferno sempre deixa a porta aberta...  O que Duda viu era lindo! Uma grande festa, moças bem vestidas, sras. bem vestidas, cavalheiros de fraque, todos felizes, sorridentes! O local era magnífico, cheio de flores, vasos exuberantes junto às paredes. Até plátano havia. Grande mesa posta, com deliciosas iguarias. Ao lado, uma grande porta de vidro deixava ver um pomar e tanto! Amoras pretinhas, morangos vermelhos, açaís, pitangas maduras, jaboti cabas e framboesas pretas, acerolas, mangas espada e rosa, em profusão. Duda estranhou, porque ainda era cedo para as mangas, mas, vá lá que seja! O Duda ama frutas e já ia se dirigindo para lá, quando alguém o chamou: “Dudinha, caro eleitor, venha conhecer nossa programação política!” Ele foi e, em todas as enormes paredes, foi lendo. Ninguém mais ficaria esperando nas filas de Postos de Saúde e nos hospitais haveria um monte de médicos no atendimento! Candidatos com influência lá no Estado, acabariam  com os inúmeros incêndio nas favelas; um deles até garantiu que acabaria com o crime organizado e que nenhum policial mais seria executado! E muitas, muitas promessas mais, sobre Segurança, casa própria para todos, etc, etc. Duda não votou logo neles, precisava visitar o Céu. E foi.Nada  de exuberante, nada de promessas, apenas um ambiente calmo e agradável. Duda voltou ao lindo Inferno e votou lá. Já vinha voltando, quando se lembrou de uma pergunta que precisava fazer, no Inferno. Voltou, foi atendido, mas...o que viu lá...era terrível! Gente maltrapilha, triste, desdentada, descabelada, suja, o pomar era só um monte de lixo! “O que aconteceu aqui?” Perguntou ao atendente: “Isto aqui é o Inferno, seu idiota! Mas, já temos o seu voto, sua pessoa é nossa!”
Uta que la meia, pensou o Duda, quando é que vou aprender a ver as coisas como, realmente, elas são e não como parecem ser?
É uma boa pergunta que todos os eleitores brasileiros deveriam se fazer, nesta e nas outras eleições!
Grande abraço!
daidypeterlevitz@hotmail.com

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.