21 de junho de 2011

Será que o azeite de oliva será “nosso”, como o ouro e adjacentes o foram?!

Daidy Peterlevitz

Não me consta que o brasileiro comum, aquele do trabalho sério de cada dia, sabe, como eu e você, tenha desfrutado da época de o Brasil produzindo ouro, recolhendo borracha, a época doce do açúcar, do cacau...de “o petróleo é nosso”, tão amplamente divulgado na época da ditadura, para enganar os incautos. Preciso lhe fazer uma perguntinha bem simples: seus avós, seus pais chegaram a usufruir de todas essas riquezas do nosso Brasil? Eu quase que aposto numa resposta: “NÃO!” É que, em nosso país, há muitos espertinhos, malandros mesmo; proclamam riquezas, como se de nós todos fossem, mas...toda ela fica só para eles. Pela minha experiência, tanto do meu lado Gazzetta quanto do Peterlevitz e depois Frigerio, tudo o que conquistamos, foi pela escada da vida, subindo os degraus, pelo trabalho, pelo estudo, pela honestidade! Nunca fomos malandros, apenas honestos, como você! Amém!

Quero saudar, de modo muito especial, ao povo de Santa Catarina e dar, a cada um o meu parabéns! Aquele pessoal é dos nossos, sabe? Escolheram como senador Casildo Maldaner, um bravo descendente de quem veio do além mar, trazendo a força do trabalho, do amor à terra e..creio, a genética dos ancestrais! Fez um discurso brilhante, na segunda última, lembrando as frase de Pero Vaz de Caminha:... “a terra é toda chã e mui fremosa e, em se querendo a aproveitar, dará tudo, por bem sãs águas que tem!”Então, o senador Maldaner explicou sobre os excelentes vinhos que produzem, mas, o que me interessa, agora, é falar sobre o “Projeto Oliveiras, da Epagri- Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural de Santa Catarina, que teve início em 2005”. Com auxílio da nossa imensa EMBRAPA, lógico.Tento resumir as palavras do senador. O Brasil importa, hoje, 100% do azeite (azeite é algo que vem da Bíblia) de oliva que consome. No ano passado, foram 55,5 mel toneladas de azeite, além de outras 79 mil toneladas de azeitonas de mesa! (Não é importação demais, meu amgo, se tudo pode ser plantado no Brasil? Vou falar por mim, agora. O nosso ainda nosso, Brasil é um país-continente, abençoado pelo Deus. Tem todos os climas, desde o quente e seco, lá no Nordeste, onde deliciosas uvas são produzidas e exportadas; em certos Estados, magníficos melões nascem, regados com água saloba. Nos Estados do Sul...que formidáveis maças! Mangas, nessa época? Existem, sim - amo mangas - muito doces, de nome “Lolita”, que os Okino não me souberam dizer de qual Estado elas nos chegam, mas é do Brasil!!).

Então, volto às palavras do Senador Maldaner, mais ou menos: Os benéficos efeitos do uso do azeite de oliva já são entendidos e lá, nos países do Sul,temos altitude acima do mar, bastante para se cultivar oliveiras e extrair o óleo de oliva! Com apenas mais de dois anos de pesquisa, foi extraído o primeiro azeite de oliva “extra virgem”, totalmente produzido em Santa Catarina! Nos testes, feitos na Argentina, resultou ele ser de ótima qualidade! Mais uma pergunta minha: tirando os péssimos políticos que o povo burro escolheu...tudo não é de grande qualidade, aqui? Porém, cozinheiros de restaurantes e mães cozinheiras do Brasil, um aviso: só o azeite extra virgem pode ir ao fogo e ao forno. O outro, só sobre o arroz com feijão, sobre a pizza, sobre saladas. Tudo no frio.Meu azeitoso abraço a você, Daidy.

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.