25 de março de 2011

Que delícia de rabada com polenta!!
Daidy Peterlevitz

Tenho um caso jocoso a lhes contar. O culpado foi o chef Daniel Bork, logo cedinho. Ele disse: você aí de casa, não pode perder essa delícia, rabada com polenta!
Aí, fui buscar, nas esquinas do tempo uma célebre rabada. Já faz uns 46 anos. Meu querido tio, Ernesto Vaughan, levava o então fedelho filhote, Ernertinho, a cuidar de problemas na vista. Uma vez ao mês. Eles ficavam no meu apartamento, lógico.
Meu tio Ernesto tinha um baita de apetite e...os meus suflezinhos não lhe bastavam, percebi e lhe perguntei: Tio, o que gostaria que eu lhe preparasse, no próximo mês? "Rabada, muita rabada". Obedeci e, na minha maior panela...caprichei na cuja da rabada! Só que, por algum motivo de que não me lembro...eles não puderam vir! E agora? Nem tenho freezer... e, econômica como sempre fui... engoli toda aquela rabada...
E me esqueci do fato, por mais de 40 anos.
Volto ao Daniel Bork: "você nao pode perder essa morena receita de rabada... com polenta!"
E encomendei ao meu fornecedor, delivery: " Quero um frango caipira e um kilo de rabo, pode ser de vaca ou de boi, não tenho preconceito". "D. Daidy, um quilo de rabo ewu nã vendo!" "E quanto dele o sr. vende?" "O Rabo todo!" "Não pode ser meio rabo?" "Não pode, o boi ou a vaca têm o rabo inteirinho!" "Fazer o que, me manda o rasbo todo!"
E o rabo todo veio, uns três quilos. Eita vaca e boi rabudos|!
Agora, felizmente, tenho freezer e dividi em porções. Cozinhei na panela de pressão, parte do imenso rabo, com alho poró, salsão, muita cebola, alecrim, orégano da minha horta, manjericão, também da cabana. e sal marinho. Tudo por duas horas! rabo é difícil de amalecer e tem mais gelatina que o músculo. Sabe, gelatina é o que nos dá molejo nas articulações. Nada de remédios, é rabo mesmo!
E, assim, depois de mais de 45 anos, voltei a comer rabo e...sempre me lemberando do meu querido tio Ernesto, de qem tenho muita saudade!
Sonho sempre com ele, que está bem vivo! Meu querido tio Ernesto, saudade daquela rabada, sei que o sr. me ama!!
Abraços e mais abraços da sobrinha Daidy.

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Quem sou eu

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.

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