30 de outubro de 2009

A confiança de seu Dilma
Laurence Bittencourt Leite
Viver às custas do Estado é o céu aqui na terra, para muita gente, mas para quem os sustenta – no caso o contribuinte -, é um verdadeiro inferno. Claro que ninguém desconhece o excelente serviço de saúde prestado pelo estado brasileiro. Isso, ninguém desconhece. E agora no caso do câncer de seu Dilma tivemos a demonstração mais clara e cara de sua eficiência. A candidata do presidente Lula a sua substituição em 2010, quando sentiu os primeiros sintomas de tão terrível doença, o que fez? Procurou exatamente o SUS (Serviço Único de Saúde), para dar inicio ao tratamento de quimioterapia e radioterapia, no que foi atendida prontamente e ainda teve a humildade digna de todo candidato a presidência da República que se preze, de entrar na fila do SUS, o que demonstra a confiança inabalável das autoridades governamentais no setor de saúde do nosso país. Vocês acompanharam, não é? Tenho certeza que sim. Seu Dilma poderia ter procurado um hospital particular, por exemplo, o Sírio Libanês, considerado o melhor do Brasil. Mas não procurou. Parabéns seu Dilma pela confiança, pela confiança depositada no SUS e nos serviços de saúde pública do Brasil. É assim que se faz um candidato que almeja chegar ao cargo mais alto do país, dando o primeiro exemplo, para que os mais necessitados e desamparados possam continuar procurando os serviços do SUS. É assim que se faz. E mais: devido à reação da quimioterapia foi transferida pelo SUS para São Paulo, também em ambulância do Semur. Sem dúvida seu Dilma deve ter sofrido muito na viagem de ambulância de Brasília a São Paulo. Quiçá., penso eu, deve ter sofrido mais que sob a tortura no tempo dos militares. Mas, mesmo assim, foi e fez a viagem dando nova demonstração da confiança nos automóveis (e consequentemente nas estradas) que prestam serviço à área de saúde estatal.
Como eu disse, ela foi para o sofrimento, mas nunca se rendeu ao tratamento que é pago (ou dado?) pelo contribuinte aos funcionários das estatais, isto é, uma espécie de UTI no espaço, não claro, do tipo, “espaço sideral”, por causa de sua modesta e de sua responsabilidade fiscal, para não inflar ainda mais os gastos do governo que já a espera em 2010.
Se fosse outra pessoa, e ainda bem e sorte nossa, pobres contribuintes, que não é, teria viajado em avião transformado em UTI, e talvez quem sabe, não teria sentido o aroma dos ramalhetes dados (só fiquei em dúvida se compraram com o dinheiro do contribuinte ou se foi do próprio bolso? Bom, em qualquer dos casos como vem mesmo do contribuinte, logo isso é supérfluo) pelos Ministros desejando feliz retorno.Enquanto isso, os políticos tão sensíveis, diziam que a doença iria humanizá-la, o que mostra que a idéia que eles têm dela, é que é uma pessoa desumana. O que eu não concordo, principalmente agora que ela foi à televisão defender Sarney pelo desgaste no senado. É assim que se faz. Ou seja, mais uma vez mostrou a sua humildade passando a dar exemplo ao senado de como deve proceder uma pessoa correta. Não que isto signifique autoritarismo, não, de maneira alguma, apenas demonstra que depois que ela virou a “mãe do PAC”, é natural que queira ser também a mãe conselheira do senado, e em breve do STF e depois certamente de toda a sociedade brasileira.
Depois de toda essa demonstração de confiança nos serviços de saúde pública do Brasil, só resta citar a frase já meio esquecida do Dr. Ulisses Guimarães ao dizer que o melhor médico de Brasília era o Dr. Boeing, e que em caso de qualquer dor o melhor era ir embora da cidade. Naturalmente também pago pelo contribuinte. O Dr. Ulisses era um sábio. Laurence Bittencourt Leite - jornalista

Nenhum comentário:

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.

Arquivo do blog