28 de outubro de 2009

A glória ou o “requiem” do Velho Chico?
Daidy Peterlevitz

Hum...viagem de gente importante dá o quê falar, principalmente quando o Lula carrega a tiracolo a “tirada da algibeira”, Dima, a ver as obras no Velho Chico. Aí começa a polêmica de ano pré-eleitoral:
- Isso é propaganda antecipada, não pode!!

– Não é nada disso, não! É só o governo governando, pô!!

Bem, esse te-re-te-tê, que gera monte de blá-blá-blá, absolutamente não me interessa. Mas, sobre a outra e muito mais séria polêmica –da transposição do Velho Chico - gostaria de ter uma posição, baseada em argumentos objetivos, que o “achômetro”, em questões graves, não foi, não é e jamais será minha praia.

Investiguei na wikipédia.org, e tentarei resumir em três partes (e mais uma), o entendido.


Quem é o Velho Chico?

É o caminho de ligação aquática do Sudoeste/Centro Oeste como todo o Nordeste. (País imenso é um caso sério).

Desde a Serra da Canastra (Minas), onde nasce, vai banhando Bahia e Pernambuco e, até desembocar no mar, na divisa entre Sergipe e Alagoas, recebe mais de 150 afluentes, percorre 2.700 km..

No percurso, a importante barragem de Sobradinho, garante fluxo regular de águas as hidrelétricas P.Afonso, Itaparica, Sobradinho,Moxotó e Xingó.

As águas do Velho Chico movimentam os gigantescos geradores de energia e a irrigação desse Vale que lhe leva o nome é uma atividade social e econômica dinâmica, geradora de emprego e renda à região e de divisas, ao País.

Suas frutas (que delícia!) são exportadas ao Obama e à Europa.

O Programa de rejuvenescimento do Velho Chico, já iniciado, contempla a otimização da navegação e transporte de grãos.

Muito importante, fique jovem Velho Chico!!


Transposição, sim!

Todo o poderoso governo Lula, adeptos e adjacentes preconizam a transposição e, em assim sendo, não precisam de nada e apenas citarei algumas palavras de Ciro Gomes (ele também estava lá,com Dilma, feito...“técnico”, digamos).
“A transposição do rio é fundamental, para se garantir a oferta de águas aos mais de 12 milhões de brasileiros que habitam as cidades localizadas no Nordeste Setentrional (essa palavra só complica o entendimento.É “de riba”). Trata-se de uma população que convive, há décadas, com a seca. (Por que será que me lembrei da “Indústria da Seca?)...Segundo o Ciro, o governo está empenhado na solução e apenas 1,4% das águas do Rio serão desviadas. Até há 4 anos, 19 ações contra impetradas na Justiça. Previsão de tempo às obras todas: 24 meses. Custo: 4,5 milhões.


Transposição, não!! (Preciso resumir muito!).

Potência necessária em megawatts, à transposição, entre o subir de montanhas: 520MW, que é, 1,31 vezes maior que a de Três Marias (396MW) e de 1,18 vezes a mais que a de Moxotó (440MW) e, na conjuntura de escassa energia eita água pouca e demais cara!!! Altíssimo custo por hectare irrigado!! Produtos agrícolas a preço de ouro...já excluí, da comilança, a parte da população pobre..

Seria, novamente, o favorecer mais, aos já favorecidos?!

Li que, enquanto isso, a água disponível no Nordeste, em açudes e aqüíferos é suficiente para satisfazer o dobro da demanda atual...motivo político às corrupções e privilégios.

Lá não falta água! Basta implantar um vigoroso sistema de adutoras, como o proposto pela Ag. Nacional das Águas (ANA)...que foi “abafado pelo governo”.


A parte, que chamei de mais uma:

“Mar de Aral”.

Na fronteira entre Casquistão e Uzkequistão, países nascidos dos escombros da União Soviética. Era o maior lago salgado do planeta, com área um pouco menor que a de Portugal,e havia imensa e deliciosa abundância de peixes, tipo esturjão, etc, etc, para encurtar! Por volta de 1960, os planos mastodônticos de irrigação da Rússia fizeram zonas imensa de regadio, para o algodão de exportação! Hoje, o que era “mar” é ridículo charco infecto de que todos fogem! Cresceu o algodão, morreu o Mar de Aral.
Malditos!
Agora já tenho minha posição
daidypeterlevitz@hotmail.com
A autora é professora-escritora, colunista aqui, às quintas.

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.

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