20 de outubro de 2009

Eu sabia que, após tantos aninhos de juntar juventude...acabo entrando na alma da pessoa e a entendo!
E foi assim com a senadora amiga, Kátia Abreu, mulher valente, que planta, que produz!
Fico contente, em, de vez em quando, acertar!
Eis o texto que ela me enviou:

KÁTIA ABREU

Os produtores de alimentos e a militância ambientalista não são incompatíveis e podem ser forças solidárias se desfeitas as desconfianças

São Paulo, segunda-feira, 19 de outubro de 2009

OS PRODUTORES de alimentos e a militância ambientalista não são incompatíveis e podem ser forças solidárias se forem desfeitas, ponto a ponto, as desconfianças que nos separam.
Considero perfeitamente possível que os dois lados firmem compromisso essencial de preservação dos recursos naturais sem prejuízos à segurança alimentar do país.
De minha parte, insisto na proposta: que o primeiro de todos os compromissos seja o "desmatamento zero nas florestas".
Defendo a punição severa para quem desmatar floresta nativa na Amazônia e na mata atlântica.
Acredito que o Brasil pode assumir esse compromisso radical em dezembro, na cúpula do meio ambiente de Copenhague, que se reunirá para definir o novo acordo que substituirá o Protocolo de Kyoto.
Para a agropecuária brasileira, comprometida com a questão ambiental e interessada no financiamento da redução das emissões de CO2, o governo brasileiro não tem que hesitar ou precaver-se.
Não.
Vamos mesmo para o desmatamento zero, sem arreglo. O país dispõe de terras, em processo de produção e com reservas para a expansão possível, suficientes para manter o abastecimento interno e exportar.
O que falta, e disso está ciente a opinião pública internacional -como se viu em Nova York, no mês de setembro, na rodada de manifestações de chefes de Estado que participaram da abertura da Assembleia da ONU-, é o estabelecimento de compensações aos produtores pela preservação das áreas de cobertura florestal sob sua responsabilidade.
Esse apelo justo e amplamente reconhecido é devido a quem paga um preço alto deixando de explorar suas propriedades, enquanto outros obtêm lucros e poder emitindo gases, especialmente o CO2, causadores do efeito estufa que ameaça o equilíbrio do planeta.
No plano interno, é preciso consolidar as áreas atuais de produção -um direito líquido e certo, pois foram incorporadas ao uso da agropecuária antes que fossem estabelecidas as atuais restrições.
Não há sentido nas denúncias demagógicas e vagas que ameaçam a produção de trigo, arroz, milho, carne e frutas.
Em 40 anos, o peso do preço dos alimentos no orçamento das famílias brasileiras caiu de 48% para 18% e pode cair ainda mais, chegando brevemente a apenas 12%, dependendo da melhoria das condições de transporte (estradas, ferrovias e portos) e da desoneração dos impostos na cadeia de alimentos.
Até mesmo questões aparentemente polêmicas -como as chamadas APPs (áreas de preservação permanente) das margens de rios, encostas e topos de morro ou áreas sensíveis, que devem ser reflorestadas- podem ser resolvidas mediante a arbitragem insuspeita e precisa da ciência, cujos critérios e instrumentos (mapas pedológicos e levantamentos altimétricos, entre outros) prescindem de opiniões apaixonadas ou leigas e podem ser aplicados regionalmente por legislação estadual.
Regras claras, realistas e permanentes, que reconheçam os avanços de produção e de produtividade conquistados pela agricultura e que já não podem regredir, sob pena de aumento no preço dos alimentos e de queda das exportações, são essenciais ao entendimento.
Vamos reconhecer e reparar nossos erros com humildade e racionalidade.
A quem mais do que à agropecuária as mudanças climáticas afetam decisivamente a ponto de levar à inviabilidade?
Seriam os agricultores suicidas? Ou, por acaso, há setor econômico -ou qualquer outra atividade produtiva- que mais dependa da água e da terra do que a agropecuária?
Seria justo com o Brasil importar alimentos de países que não têm leis ambientais claras e que já dizimaram todas as suas florestas?


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KÁTIA ABREU é senadora da República pelo DEM-TO e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

Um comentário:

Daidy Peterlevitz disse...

Reconheço que não sei o sentido de algumas palavras ditas aí.
Vou consultar o "pai dos burros".
Depois te conto.
Mas, o geral da senadora Kátia, é fácil de entender!
Repito: a senadora é intiligentíssima, convém não se esquecer disso!
De apenas psicóloga, virou agro-pecuária, ao assumir os negócios do marido morto.
Há muitos anos, pacientemente, ouço a Tv Senado, porque respeito cada meu leitor e não posso escrever...abobrinhas!
Essa Kátia, a cada pronunciamento da tribuna, me parecia uma especialista nos assuntos que abordava, em profundidade!
E não era especialista, não! Apenas Deus a presenteou com rara inteligência e...algum Anjo da Guarda lhe reserva o caminho da honestidade, da concordância!
Fico feliz em não errar, mais uma vez! Faço isso sempre.
Só espero que o "Anjo da Guarda" dela não tenha sido um daqueles que velam minha cabana...que continua rachada e o causador - o Vendramini - bem sumido, usando "laranjas" em seus gordos depósitos bancários, vivendo em, eu até diria palácios, mas escondido! (mais ou menos...a Justiça, neste país...tem sido comprada!) e só o que me sobra é a esperança de que o muquirana Serra me pague o precatório que me deve, há vinte anos!
Vou sumir de S.Carlos, muito quieto, para mim. Falta, aqui no charmoso Parque do Kartódromo, que também atende pelo nome de Jardim Nova Santa Paula, um coreto no meio, com banda de música, aos sábados, das sete à 10 horas e o pessoal idoso dançando em volta!
Sim, sr Prefeito Barba, há muitos idosos que não podem frequentar clubes elegantes, mas...que teriam direito a um pequeno divertimento. Sacudir o esqueleto evita filas no SUS!
Falei e tá falado, Daidy.

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Quem sou eu

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.

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