22 de fevereiro de 2010

Esse assunto me cheggou pelo amigo sr. lacombe
É bem simples, de entender!
Anotações para 2010


Com o final do Carnaval, além da Quaresma (alguém ainda sabe o que é isso?) também começa o ano brasileiro. 22 de março é muito mais que primeiro de janeiro e segunda-feira. É o tempo no qual todas as engrenagens vão se mexer mais ou menos iguais ao que sempre foram. Por isso, não custa fazer uma série de anotações para que 2010 seja, como os jovens dizem, tudo de bom.


Então vamos a elas:


- Torcer para o Brasil na primeira Copa realizada em solo africano: Sim, é importante não perdermos a fé. Brasileiro não desiste nunca, lembra? Mas, mais do que o futebol, não custa lembrar que todos tiram sua casquinha e trazem para si algum benefício desse esforço. Porém, que ele seja apenas uma prova de superação e não de esperteza política.


- Acreditar que as obras para o Brasil-2014 e o Rio-2016 tenham um portal de transparência sério, que apresentem quanto foi gasto e em onde: Já que essa é uma oportunidade rara para alavancar a economia brasileira, gerando empregos e dividendos, não custa mostrar que a lição de casa começou muito tempo antes. Moralizar é bom


- Reforçar os votos para que a educação seja vista como salvação e não como mais um gasto: Mais do que falar em cotas, medidas paliativas para a inclusão social, é necessário que os gastos sejam verdadeiros e um professor (seja do ensino médio ou fundamental) ganhe um salário digno que o permita a se dedicar a uma escola, prepare aulas, use as novas tecnologias, e não tenha três, quatro empregos e ainda creia que trabalhar seja um exercício de risco de vida.


- Segurança é bom e todo mundo gosta: que as cercas elétricas sejam um acessório desnecessário e não um item essencial para a segurança de casas e prédios. Que seja possível sair, caso necessário, a qualquer hora do dia ou da noite, sabendo que não se corre risco de ser assaltado.


- Que saúde seja apenas algo que se diga após um espirro: Planos médicos, sistema privados e qualquer outra forma de atendimento haja de acordo com a doença da pessoa e não conforme sua conta bancária e não fique empurrando um doente de um lado para o outro, até que o cidadão se transforme em uma estatística no índice de óbitos.


E, por fim:


- 2010 é ano de eleição: Mais do que a ambição dos candidatos, que todos se preocupem de fato com a população e, ao invés de medirem forças para eleições vindouras, tenham propostas e queiram fazer algo diferente. A mobilização é a palavra de ordem do século XXI e hoje é muito mais fácil fiscalizar se o voto dado foi válido. Caso não tenha sido, é bom se preparar para trocar de carreira.


E só uma ressalva: se utopia e ética, essas palavra tão desgastadas, não existissem já estariam banidas dos dicionários. Basta com que elas voltem a ter as aplicações que lhes deram que tudo voltará a ser como há muito já não é.

Um comentário:

Ivoninha disse...

Oi Daidy! Maravilhosa esta sua transcrição... E se me permite acrescentar algo: Que os médicos de hospitais públicos possam perceber vencimentos justos e assim possam se dedicar a um emprego não se estafando diante de múltiplas jornadas e intermináveis palantões... Bjs Ivoninha

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Quem sou eu

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.

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