29 de setembro de 2009

A mentira, doce e amarga torção da verdade!
Daidy Peterlevitz
Esse substantivo simpático,“torção” , se não me falha a idosa memória, vem do verbo torcer, de origem latina, “torquere”.
O “torcer” aqui, não é o daquele do futebol. No domingo, assisti ao 2° tempo entre São Paulo versus Corinthians – o S.Paulo jogou muito mais! – e vi o nosso querido “Ronalduxo”em plena forma, lipoaspirado aí na região adjacente à barriga-ventre, e, fenômeno que é, correndo muito, ansioso que estava (somos todos assim), em ouvir aquele grito longo: “ Goooooool !!!!...é do...Corinthians!!
Não é nada disso, hoje.
Nosso torcer significa que a mentira é o esconderijo da verdade. E a verdade, você sabe, “é aquilo que é!”.
Por que as pessoas mentem? E eu sei lá?! Apenas sei que, em uma de quatro vezes eu faço isso, quando emito meus pensamentos...justo quando não estou pensando é em nada!
A mentira parece que sai, involuntariamente, nos seres humanos e, com meu perdão às fêmeas, jurar não juro, mas apostar, aposto, os machos mentem menos!
Imagine caro leitor, o encontro entre dois casais que, há 30 anos não se vêem. Acontece mais ou menos assim, de um macho ao outro:
- Olá, velhote! cê tá barrigudo, careca, um lixo!...
- Cara!, meu amigo redondão! Eu ia é dizê isso mesmo prá ti...meu chapa!...
Já, no mesmo encontro, entre as fêmeas:
- Jacira! Eu a reconheceria em um milhão de mulheres! Tu tá linda! Igualzinha à de antes...
A outra engole seco, pensando: “tadinha dela, perdeu a memória, nem sou a Jacira”, mas retruca!
- Minha lindona de sempre!! Que vestido elegante, apertado na cinturinha (de 112 cm de circunferência)...continuas enxuta como sempre, Doralice...!
E a outra nem se chamava Doralice...
Agora lhe pergunto, caro leitor/a, já ouviste um João de Barro a cantar, depois que um vendaval lhe levou a casa de barro?
Já viste, acaso, um cão vira-lata rasgar os fundilhos da calça de um malfeitor, enquanto que, docilmente, abana a cauda ao ser “que lhe cheira honesto”?
Lógico que sim, não minta!
(Saudades do meu Zorro, do Peri, do Tupã, da Pililim do Popinho e de outros “não mentirosos”, que minha memória, não mentirosa, lhes esqueceu os nomes!)
Agora, depois dessa minha diminuta reflexão cotidiana...isso só vale para pessoas e animais comuns!
Quando se trata de...políticos, que Deus nos acuda! A torção da verdade é o curso de especialização em que a maioria deles recebeu diploma, tipo dr.”honoris causa”, em universidade nenhuma, eis que um tanto “anarfas”!
Nós, eu e você, é que lhes demos o “diploma”, votando em gente de não Ficha Limpa!
Quando aprenderemos a não mentir...a nós mesmos?!
PS: meus queridos, nesse texto de mentira – que é de verdade! – misturei dois tratamentos dos pronomes pessoais “ele e tu”.
Espero que os ”puristas” do idioma me perdoem e, se não o fizerem, de verdade, que vão é pros quintos dos infernos!!
É assim, que, errando muito, não te falo...mentiras!
daidypeterlevitz@hotmail.com

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.

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