8 de setembro de 2009







Três Pedidos para o PT
O primeiro é que vocês fiquem com tudo.
Peguem o dinheiro, o avião,as agendas de todas as secretárias, os revólveres dos ex-delegados, os laranjas analfabetos, os laranjas pós-graduados, as cuecas sujas do dinheiro que sai dos ralos de onde vocês vieram.
Não esqueçam de levar nada.
As explicações estranhas, as notas oficiais, o eterno não sei de nada, o absurdo nunca ouvi falar disso e, por falar nisso, o mensalão.
Peguem sem vergonha, saquem sem vergonha, ajudem-se, juntem-se em torno das fogueiras onde queimam notas fiscais e consciências, bebam, brindem, riam da minha cara.
Eu desejo que vocês aproveitem as Land Rovers, façam churrasco ao som de Chitãozinho & Chororó e brinquem de quadrilha em todos os meses do ano, na presença do operário bebum que desonra a si mesmo, aos operários e aos bêbados.
Não liguem para críticas.
Aliás, não liguem pra ninguém: alguém da polícia federal, um desses otários que ganham R$700,00 líquidos por mês pode estar escutando e a voz de vocês em rede nacional fica distorcida. Prefiro a do Fernandinho Beira-Mar, que se confessando bandido, traficante, ladrão e assassino tem pelo menos uma vantagem sobre vocês: nunca disse que não era tudo isso, nunca me enganou a seu respeito, jamais negou sua maldade.
Muito menos recebeu 55 milhões de votos cheios de esperança.
Meu segundo desejo é que vocês vivam muito em suas ilhas fiscais, em seus condomínios fechados, em suas coberturas de 10 mil metros quadrados pagas com salário de 1.500,00 reais.
Existam pra assistir a morte de crianças sem ter o que comer, de jovens sem futuro e de velhos que cospem no passado que cada um de vocês representa.
Sejam eternos como é interminável a fila do INSS, dos pais de família sem emprego,das jovens que fazem sexo pago a partir dos 12 anos sem que possam ser recriminadas por vocês, que as iniciaram ao mostrar-lhes como se faz isso com um país inteiro.
Agora que vocês são ricos e perpétuos.
Meu último desejo é que vocês nunca mais saibam se têm ou não um amigo.
Que ao verem um por-de-sol lembrem-se apenas de voltar para casa, onde dormir seja um sonho impossível.
Permaneçam dia após dia acordados, desconfiados, ansiosos, insones, num morre-não morre sem fim.
Que a única coisa que possam escrever sejam versões, já que perderam a noção da verdade e dos fatos.
Que a única coisa que saia da boca de cada um de vocês seja um repetitivo "não lembro, Sr. Deputado".
Não quero nenhum de vocês julgados ou castigados.
Apenas que passem a vida dizendo "não lembro, senhor deputado".
Que ao chegar na cozinha, encontrem a CPI dos salmões.
Na sala, a CPI Home Theater.
No quarto, a CPI da falta de sexo.
Na vida, a CPI do desaparecimento da glória de servir ao povo.
Um dia, meu filho vai estuda-los.
Que eles e seus colegas percam nota se não souberem os nomes de vocês.
Mas não se abatam por isso, como não se abalaram com os tiros que mataram Celso Daniel.
Não se preocupem com o meu desprezo,como não se incomodaram em decretar a pena de morte à esperança que os ajudou a vencer nosso medo.
Não se arrependam de nada.
Apenas vivam pra nos ver construir o novo, o alegre e o lindo.
Sejam o nosso norte, mostrem onde vocês estiveram e no que se transformaram.
A corja espúria que acoberta os corrúptos e os corruptores desse nosso governo incapaz, pérfido, nojento, que surgiu do nada e que continua sem rumo.
De um senado que zomba da lei e de um parlamento que fabrica leis para que sejam gozadas.
A partir disso, imprescindível que sigamos em direção contrária, não olvidando nunca o célebre provérbio:
"Todo homem tem seu preço, e no Congresso Nacional alguns estão em liquidação..."

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.

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