A velha casa "encantada, do meu velho vô!!
A casa do meu vô,
Às vezes, tenho saudade do passado, embora eu viva pelo futuro!
Acho que vou dedicar este texto à amiga Ivone Garcia, uma preciosidade de amiga que, lá de São Paulo, se comunica comigo.
Ela é uma advogada que recomenda à leitura, escreve no Recanto das Letras. E, sem nos conhecermos, fisicamente, ficamos amigas, muito!!
A ela dedico essas gratas lembranças...
A casa do meu vô José Gazzetta.
Que baita casa imensa! Cozinha sem tamanho, quartos e mais quartos à esquerda e à direita...a família era grande mesmo!
Cinco homens, seis mulheres, mais eu, mais meu irmão Vladyr, mais minha mãe Julietta, viúva do meu pai Julio Peterlevitz..
Aquela CASA DO MEU AVÔ, era encantada!
Um grande quintal, com pés de Fruta do Conde, duas jabuticabeiras e imensa parreira de uvas.
Sempre em agosto, vinha de Americana, meu tio Cajetano, (Caetano), a podar os pés de uva! Meu tio Cajetano sabia fazer isso, direitinho e, sempre, em cada Natal de minha infância ali...meu vô Gazzetta colhia as uvas, depois da Missa do Galo.
Era uma festa, disciplinada e, sinceramente, eu nem tanto...sempre tentava beliscar alguns deliciosos grãos de uva!
Tentei, tentei muito,mas...o bigode de meu vô José Gazzetta, virados para cima e o “olhar” dele..me impediam de fazer o “ilícito”.
Os “bigodes de hoje”...não valem é nada! Bigode do Sarney, bigode do Mercadante, muito diferente do bigode de meu vô, naquele tempo em que os homens honravam a barba e o bigode!
!Então, a casa do meu VÔ era encantada
Além das árvores frutíferas, encontrei um local “secreto”. O Porão, em que se entrava por portinha fácil em abrir!
Que mistério entrar ali!...a “parte de baixo”, segurando as atividades, as brigas e os amores, lá de cima! Quantas brigas!
Minha tia Haydée, contra a tia Alice, sempre!
Confesso que gostei do porão!
Gostei do mistério, gostei do cheiro dele , que inda meu nariz cheira... tipo tijolo molhado...e, como se segurassem a Casa do Meu Avô, um monte de tijolos empilhados, aqui e ali!
Eu amei cada tijolo!
- Um tijolo, você, com razão, perguntaria? Só isso?
- E lhe respondo: só isso mesmo!
Um tijolo bem ao tempo antigo, em que o amor se construía de forma simples.
E, esse amor, construiu a ENCANTADA CASA DO MEU VÕ, Giusepe Gazzetta, e...você não vai acreditar!....
O bigode dele me incita a fazer comparações, e...o distante olhar do meu vô, crítco honesto, é parte de mim mesma! Tento ver o mundo como ele o fazia!
Jamais sairei da CASA DO MEU AVÕ!!
Daidy.
Um carinho imenso e lugares todos