19 de agosto de 2009

Em homenagem a todos os valiosos avós, come esse da amiga Ivone!!

" A epopéia de meu tio avô Alexandre"
- Um manifesto contra o totalitarismo
Na atual conjuntura mundial falece de estofo legal, qualquer tentativa idônea tendente a justificar ou mesmo permitir a existência de Estados totalitários.
Tal hipótese de regime político repugna a todos, uma vez que os mesmos se caracterizam por instaurar uma realidade opressiva, brutal, ficando destarte o cidadão inserido em um contexto de total subserviência ao arbítrio estatal.
Em nome de uma ditadura de uma legenda única fulmina-se qualquer pretensão relativa à concomitância de outros partidos políticos, instrumentos estes imprescindíveis à consecução dos princípios democráticos. Após a eclosão da "Revolução Russa" de 1917 irrompeu-se naquele País uma Guerra Civil onde se defrontaram o "Exército Vermelho" (revolucionário) e o que se convencionou a denominar como "Exército Branco" (formado pelos contra-revolucionários), o qual recebeu apoio dos países aliados da 1ª Guerra Mundial, entre eles da Inglaterra (por meio de um decreto emanado por Sua Majestade o Rei George VI).
Tais Países colaboravam com o citado Exército Branco enviando dentre outros auxílios, embarcações militares. Meu tio avô ALEXANDRE NAUMOFF que contava à época dos fatos (1918) com apenas catorze anos de idade (mas já com fluência nos idiomas inglês, francês e alemão),alistou-se ao Exército Branco vestindo inclusive a farda do exército britânico, tendo na ocasião servido de intérprete aos citados oficiais que estavam servindo no contratorpedeiro, o qual navegava por águas russas.
Cessando o apoio inglês ao Exército Branco, meu tio avô Alexandre e parte de sua família decidem rumar à França, onde possuíam uma casa a "Vila Volga",localizada em Nice.
Após se estabelecerem em uma nova Nação, o jovem então resolve estudar engenharia em Lille (também na França), tendo concluído tal mister de forma profícua e exitosa. Posteriormente, ao aconselhar-se com seu pai, o recém formado engenheiro opta por vir ao Brasil a fim de prestar serviços em uma Casa Comissária de Café sita na cidade de Santos, a qual era de propriedade de um amigo paterno
Naquela localidade praiana acaba por conhecer a bela e gentil senhorita DINAH DE MATTOS FERRAZ, a qual de plano se apaixonou pela linda figura masculina detentora de límpidos e lindíssimos olhos azuis que se portava diante de seus olhos. Extasiada ainda ficou com o singular refinamento daquele rapaz vindo de terras tão longínquas (Nova Cimbirski, Rússia), possuidor que era ele de invulgar cultura que o fazia dominar com rara facilidade vários idiomas, além de propiciar-lhe talento bastante para tocar com mestria inúmeras músicas ao piano.
Tendo tal idílio correspondido, os dois jovens contraem núpcias em Santos,vindo depois a constituir respeitada e honrada família.
O tempo cuidou de asseverar o cunho nefando daquela que muito erroneamente fora inculcada às mais diversas e distantes plagas do mundo como a " Revolução do Proletariado".
Recrudescendo ainda mais o caráter ditatorial do regime, com a finalidade de manter-se indefinidamente no poder Stálin estabeleceu uma ordem de verdadeiro horror, supliciando todos aqueles que de fato ou apenas supostamente eram dissidentes do poder constituído.
Após a capitulação da URSS em 1991, veio à baila o resultado de tão hediondas práticas stalinistas :três milhões de vidas humanas dissidentes ou apenas oponentes da "cortina de ferro" foram ceifadas de forma ignóbil e terrível, de sorte a impossiblitar qualquer gesto de defesa por parte de suas vítimas.
Passados alguns anos do morticínio estatal, ainda remanesce a dúvida sobre o número real de vítimas do alentado regime comunista implantado na antiga URSS.
Para alguns pesquisadores tal holocausto teria exterminado em torno de trinta milhões de pessoas nos "centros de suas tormentas", já para os intelectuais franceses que editaram "O Livro Negro do Comunismo", o número de vítimas pode ter alcançado a cifra de noventa e quatro milhões de pessoas, levando-se em consideração a totalidade de países adotantes de tal regime (não só computando os massacrados da extinta URSS).
Em terras brasileiras, meu tio avô Alexandre conheceu a paz, (até o seu falecimento ocorrido aos 24/05/1964) conseguindo adaptar-se plenamente aos usos e costumes locais; surpreendendo a todos que o conheciam ao utilizar o idioma pátrio de forma escorreita e erudita, sem apresentar vestígios de sotaque estrangeiro.Pôde oferecer aos seus quatro filhos (Alexandre, Anna, Maria e Nadiejda) uma educação humanitária assentada nos princípios da fraternidade, honestidade e sobretudo no AMOR AO PRÓXIMO em suas variadas vertentes.
Grande obra de sua vida foi sem sombra de dúvida,o empreendimento de esforços conjuntos dele e de seus compatriotas com o fito de concretizarem a construção da Igreja Ortodoxa de São Serafim em Carapicuíba (município da Grande São Paulo), assegurando desta forma o direito natural às liberdades de credo e de culto.
É fato incontroverso que desde a promulgação da Constituição de 1988, o Brasil desfruta de um período de normalidade institucional não havendo qualquer ação que ameace as Liberdades Públicas, patrimônio intangível no Estado Democrático de Direito. Aos 05 de outbro de 1988, o saudoso Ulysses Guimarães, o " Senhor Diretas" ao declarar promulgada a " Constituição Cidadã" assim vaticinou " DIVERGIR, SIM. DESCUMPRIR JAMAIS. AFRONTÁ-LA NUNCA."Fontes: "Wikipédia" e "Google"
Ivone Maria R Garcia
Publicado no Recanto das Letras em 19/05/2009Código do texto: T1603709

Um comentário:

Daidy Peterlevitz disse...

Minha querida amiga Ivone,esse seu texto que acabo de postar,não é, nadinha entre netinha e vovô!!!
Há exemplos ali, de História!!
Minha querida, História é um pouco assim: é coisa velha, os jovens nem sabem nada dela, diferente do mundo "deles" de hoje, que é feito de fantasia, muito Harry Porter,ou Potter, nunca o li, eis que um mundo de fantasias...ilusão apenas aos que o leem, bem distantes em enfrentarem, com coragem, a realidade dos dias, de ontem,de hoje! e de amanhã!
Querida Ivone, irei sim aí a abraçá-la e, inda não isso fosse possível neste mundo, eu a encontrarei, em qualquer deles que sejam!! Daidy.

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Quem sou eu

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São Carlos, São Paulo, Brazil
Daidy Peterlevitz é aposentada, com qualificação para lecionar desde a pré-escola ao Colegial (Matemática e Física).Tem trabalhos publicados na Antologia “A Pena e a Lua”, da APEBS - Associação dos poetas e escritores da Baixada Santista.É autora dos livros As Duas Faces da Mesma Moeda e Quatro Bruxas no Elevador, lançado na Bienal do Livro, em S.Paulo. É autora do projeto DEMBLI, que facilita a circulação de livros, em escolas sem bibliotecárias. Trabalha em seu projeto no qual afirma que o bebê pode e deve aprender a ler. Também fez parte do antigo "SEROP" que funcionava no G.E Oswaldo Cruz, em São Paulo, sob a direção do sr.Jocelyn Pontes Gestal. Era orientadora de Ciências. O grupo, estudava a filosofia e a pedagogia de mestres, preparava apostilas, ia à inúmeras escolas, em S.Paulo e arredores, levando orientação diretamente aos professores ou,se distante como Sta. Izabel, aos diretores, que as passavam aos professores. Atualmente, escreve para seis jornais e, a todos agradece pelo espaço cedido.

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