Postado por Agnaldo Vergara
Olá a todos, bem a Daidy está tendo alguns problemas com esses seres complicados chamados de computador e eu vou socorrê-la postando um texto antigo dela que se encontra em seu site cujo entereço está aí do lado. Espero que gostem, e que ela também (e não me mate).
Ás vezes, é muito gostoso escrever.
Lembro-me de um domingo, lá pelas seis da manhã, quando eu levava a passear a minha imaginação.
O corpo, lógico, ia junto.
Encontrei uma célebre pessoa, professor da USP, ético...religioso, fiel às tradições.
– Bom dia, d.Daidy! olhe, eu leio todos os seus textos...eles são fantásticos!...eu os recorto e os coleciono!...
Juro que, se não tivesse almoçado no café da manhã, uma papaia toda, do sacolão Okino, um maracujá, grande e doce, do meu quintal, dois ovos com bacon e tomates “rasteiros”...eu juro que teria desmaiado! E concluí: esse Professor, além de competente...é caridoso!
Embarquei na primeira nuvem que passou por ali e, mesmo que o destino dela fosse o Jardim Paulistano, convenci o motorista – um verdadeiro anjo! - a desviar o rumo e deixar-me justo em frente ao portão da minha cabana...
Ligo o computador e leio e-mail do Marcelo, redator de “Tribuna Liberal”, da cidade de Sumaré. Título: “Cadê a Minha Vaca?” Texto:Daidy, seus textos são ótimos e estamos publicando”......
Tirei as sapatilhas, fui molhar os pés na grama muito molhada e fria, para acordar, e esfriar, no meu jardim-quintal.
– Jardim-quintal?
– Sim, aprendi isso com minha neta Larissa, quando veio à cabana:
– Vovó, você não tem quintal no fundo?
– “Não querida, eu estou no fundo. O quintal está aí na frente.
– Na frente, para mim, chama-se jardim!...
Meio embasbacada eu, ela socorreu-me, em seguida: “Vamos chamar isso de jardim-quintal” (criatura maravilhosa é a criança!! Ela sabe tudo!).
Posto isso, andava eu descalça pelo espaço verde, quando... passaram duas pequenas nuvens. Pulei sobre elas, sem mesmo ter olhado o destino. Um deles era o egoísmo; outro, a vaidade...
Largaram-me em frente ao computador e, de peito estufado pelos elogios, fiz, um atrás do outro, oito textos!
Oito grandes porcarias, reconheço.
Reconheço, também, que, para escrever algo que entre no coração e na mente do leitor, é preciso que o escritor limpe seu próprio coração, despolua sua mente e, assim, capte, no fiozinho sobrado do universo...elemento para inspirar..um verso...uma crônica...um artigo.
Fui, naquele domingo, dormir cedo. Mas não dormi. Vira que revira, apoderou-se de mim um sentimento triste, de impotência!!...eu não sabia nada...!
Preciso de um conselho importante! Há dúvidas imensas!...A quem vou chamar?? O primeiro nome foi: “Lula”
Aí lembrei-me de que ele gosta de estar entre muitas pessoas do povo. Acho que não vai aceitar o pedido de...uma só “póva”
Pensei, então, em pousar as minhas interrogações no peito soft e pujante do nosso Prefeito Newton Lima...
Só que, ponderando...São Carlos Urbana, mais Santa Eudóxia, Água Vermelha e zonas rurais...há mais de 200 mil pessoas que precisam dele...!
Jesus, não seria justo pedir socorro a ele...
JESUS!! É isso!
Lembrei-me de ter ouvido, numa grande palestra num Centro Espírita da cidade que...uma oração feita com fé... muita fé...ela emite tanta radiação quanto uma das maiores emissoras de rádio
Ajoelhei-me e orei...com muita fé! Doíam meus joelhos e, nas minhas mãos apertadas e contritas, já não circulava o sangue...
De cabeça abaixada...senti uma leve brisa, a erguer minha fronte...
Fiquei abismada!!
Era uma figura imensa, vestes brancas, barbas longas...olhar que atravessa as almas...!
– Jesus! Pareces cansado! Senta-te aqui na minha cadeira de balanço...tens os pés inchados...vou banhá-los! Ensina me como fazê-lo, pedi...
E Ele me respondeu: com óleo de oliva...
– Extra-virgem?
– Sim afinal, você não é tão burra como aparenta...
– Vou fazer pão, disse a Ele (meu São Cipriano, como se chamava o pão nos tempos bíblicos?)
– Pão ázimo! Sem fermento!
– Obrigada, meu Santo! E fui correndo à cozinha, produzir o tal de “pão ázimo”...Só que veio-me uma grande dúvida: “Só pão a Ele?... acho que devo fazer...uma sopa de lentilhas... aquela famosa, sabe...histórica.
Tudo combinado, todo o azeite extra-virgem que eu tinha, coloquei a banhar-lhe os pés. Feito o pão ázimo, corri a preparar lentilhas com legumes e diversos cereais...perguntei a Ele se aceitava um suco de maracujá?
– Não! Um bom copo de vinho tinto...
Ligo, correndo, ao Ricardo, da Padaria Della Mamma:
– Por favor, Ricardo, aqui é a Daidy. Você teria aí uma garrafa de “Lacrima Christi”?
– Cristo, Daidy, você sabe quanto custa? 60 moedas de ouro!!
– Jesus Christica!! Meu santo Chraistico! Manda uma; vou fazer pão, de graça, pra você, nos ...próximos 60 anos...!!
Tudo pronto, graças a Deus, mesa posta para uma pessoa...pão ázimo, sopa de lentilhas e legumes, “Lacrima Christi”...”Tudo pronto, meu Jesus!!
Aí Ele me olha, atravessando a minha alma e diz:
– Há mais doze que irão chegar!
– Apóstolos que são o que eu aposto!! E desmaiei...!!
No dia seguinte, acordei cheia de apreensões.
Vou à dispensa: está tudo lá, intacto, com todos os meus vidros de azeite extra-virgem! Na geladeira, meu monte de legumes...
Ufa! Foi só um sonho! Só que achei um pequeno texto, em idioma estrangeiro. Levei-o, imediatamente, ao Professor da Usp, que o traduziu:
“Cada vez que você não for capaz de resolver os seus conflitos...terá que...alimentar...treze!”
JESUS CHRAISTO!
Historietas de fantasmas - O desafio
Há 11 anos
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